Ciência mostra a eficácia por trás das máscaras contra o coronavírus
Dois meses e meio de pesquisas testaram acessório e fundamentam recomendação de uso. Mas especialistas alertam: ele nada resolve sem distanciamento e higiene
Um acessório que se tornou de uma hora para outra de uso mundial mobiliza estudos de cientistas de diferentes países e é motivo, simultaneamente, de proteção e alerta. Ao mesmo tempo em que a comunidade científica em todo o planeta persegue a imunização e medicamentos eficazes no combate à COVID-19, estudos tentam quantificar a eficiência das máscaras de tecido, por ora a mais barata e acessível barreira contra o novo coronavírus.
que torna obrigatório o uso de máscaras em espaços públicos e privados no país. Um dos vetos exclui a obrigatoriedade em estabelecimentos comerciais e industriais, templos religiosos, estabelecimentos de ensino e demais locais fechados em que haja reunião de pessoas. Mas municípios e estados podem definir obrigatoriedade nesses locais, independentemente da lei federal.
A publicação que fundamentou a recomendação da OMS foi divulgada no último dia 1º na revista científica The Lancet. A pesquisa identificou 172 estudos em 16 países e seis continentes. Para os profissionais de saúde, os dados mostram que as máscaras do modelo N95 são melhores para a proteção do que as cirúrgicas. Para o público em geral, as evidências mostram que o distanciamento físico superior a 1 metro é altamente eficaz e que as máscaras faciais, cirúrgicas ou de algodão de múltiplas camadas melhoram a proteção.
Qual é o modelo mais adequado?
Como usar?
“É importante que as pessoas entendam que a máscara dá uma sensação de segurança, mas não adianta aglomerar de máscara. Tem que manter distância, cuidar da higiene das mãos, trocar a máscara, higienizar”, reforça a microbiologista, lembrando ainda dos cuidados com a limpeza. Segundo a especialista, deixar a máscara de molho na água com sabão por 15 minutos, depois esfregar, enxaguar e deixar secar é o suficiente para eliminar micro-organismos. “Muitos infectologistas recomendam deixar de molho em água sanitária, mas nenhum vírus vai resistir a essa lavagem com sabão. Há exagero em determinadas considerações e a gente tem que usar o bom senso”, afirma.
Respire com segurança
- Certifique-se de produzir ou comprar um modelo que permita respirar enquanto fala e caminha rapidamente
- Lembre-se, o uso de máscara de tecido por si só não garante nível adequado de proteção. Mantenha distância física mínima de pelo menos um metro de outras pessoas e limpe frequentemente as mãos
- A OMS orienta que recomendações de autoridades locais sempre sejam consultadas sobre práticas indicadas em cada região
As várias faces da proteção
Tema: Seleção de materiais domésticos para revestimentos faciais de pano caseiros e melhoria da eficiência de filtragem com carregamento triboelétrico (Publicado na revista Nano Letters)
O que concluiu: Estudo mostra que estruturas multicamadas de algodão, poliéster e polipropileno podem atender ou até exceder a eficiência dos materiais usados em algumas máscaras faciais médicas. Reitera que as essas eficiências de filtragem são aplicáveis apenas se não houver vazamento nas vedações, pois se as máscaras estiverem frouxas, tanto caseiras quanto médicas, não garantem a proteção. Autores dizem que o público em geral deve estar ciente dos riscos de autocontaminação durante a remoção e reutilização de revestimentos de pano.
AOMS recomenda que os governos incentivem o uso de máscaras de tecidos não-médicos, que podem atuar como uma barreira para impedir a disseminação do vírus do usuário para outros, em locais com muitos casos de COVID-19, e para o público em geral, onde o distanciamento físico de pelo menos 1 metro não for possível, como em transporte público, em lojas ou em outros ambientes confinados ou lotados. Orienta que as máscaras sejam usadas apenas como parte de uma estratégia abrangente, considerando que só o acessório não protege do vírus. As pessoas também devem limpar as mãos com frequência e manter uma distância de pelo menos um metro umas das outras.
O que é o coronavírus?
Como a COVID-19 é transmitida?
Como se prevenir?
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Mitos e verdades sobre o vírus
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